As 3 únicas gorduras com as quais deves cozinhar

 

Nem todas as gorduras devem ser expostas ao calor.

Apesar da má reputação que as gorduras têm, elas são um nutriente essencial ao bom funcionamento do nosso organismo. Nós precisamos de gorduras como o azeite, abacate, frutos secos (nozes, amêndoas, castanha do brasil, avelãs), sementes, óleo de linhaça e óleo de côco de maneira a que as nossas células se mantenham flexíveis, permeáveis e a funcionar eficazmente. No entanto, e por mais saudáveis que possam ser no seu estado natural, nem todas as gorduras se encontram estruturalmente preparadas para serem submetidas a altas temperaturas.

As gorduras mais seguras para cozinhar são aquelas que se mantém estruturalmente e quimicamente estáveis e não oxidam ou rançam quando expostas ao calor. Estas gorduras são as saturadas.

Quando um óleo oxida, devido à sua exposição a altas temperaturas, ele forma radicais livres e outras substâncias prejudiciais que entram no organismo e, com o tempo, podem começar a causar danos, como doenças cardiovasculares e envelhecimento precoce. Logo, torna-se muito importante que apenas cozinhes com gorduras que tenham um alto ponto de saturação, como é o caso do:

#1 ÓLEO DE CÔCO

O óleo/manteiga de côco é a gordura mais indicada para se cozinhar, pois contém aproximadamente 92% de gorduras saturadas, tornando-se muito resistente ao calor. Para além disso, o óleo de côco estimula o metabolismo ajudando na redução de peso e gordura, é enérgico, tem propriedades anti-virais, anti-fúngicas, anti-bacterianas, ajuda na prevenção de doenças cardiovasculares, entre tantos outros.

#2 MANTEIGA CLARIFICADA/GHEE

O ghee é uma espécie de manteiga típica indiana, em que a sua elaboração consiste em ferver a manteiga normal de vaca e retirar os resíduos lácteos (incluindo a lactose). É uma gordura muito nutritiva e com diversas propriedades terapêuticas. Eu adoro ghee e o seu sabor lembra-me biscoitos de manteiga. Yum! Esta manteiga contém cerca de 62% de gorduras saturadas sendo, por isso, uma opção inferior ao óleo de côco.

#3 MANTEIGA

A manteiga de vaca pura, sem sal e biológica é também uma boa escolha de gordura para cozinhar. No entanto, o seu teor de 51% de gordura saturada faz com que seja a gordura para cozinhar menos indicada, comparativamente ao óleo de côco e o ghee.

O azeite é a gordura tradicionalmente mais usada na nossa cultura. O seu sabor é insubstituível e os seus benefícios para a saúde são muitos. No entanto, o azeite não consegue permanecer tão estável a altas temperaturas como as gorduras enumeradas anteriormente, correndo o risco de oxidar. Logo, o truque está em cozinhar os alimentos com um pouco de óleo de côco ou ghee, por exemplo, e, no final, adicionar um fio de azeite. Dessa maneira, estarás a ingerir gorduras que se encontram íntegras e ao mesmo tempo desfrutar do sabor do azeite assim como dos seus benefícios. Pelo menos este é o truque que eu uso e, na minha opinião, resulta lindamente.

Exemplos de gorduras que NÃO devem ser aquecidas:

– óleo de linhaça

– óleo de sementes de cânhamo

– óleo de noz

– óleo de castanha do brasil

– óleo de soja

– óleo de milho

Estas gorduras devem ser conservadas no frigorífico depois do frasco ter sido aberto de modo a reduzir o risco de oxidação.